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segunda-feira, 19 de julho de 2010

ÉTICA NOSSA DE CADA DIA

I- Identificação:
1.1. Título: Ética nossa de cada dia
1.2. Unidade executora: Área de Humanas do Colégio “X” – Disciplina: Filosofia
1.3. Responsável: Prof.: Francisco Carlos de Mattos
1.4. Unidade Escolar: Colégio Municipal “X”
1.5. Turmas envolvidas: 1ºs anos do Ensino Médio
1.6. Cronograma: 2º semestre de 2010

II- Descrição da situação-problema ou Justificativa

Desenvolver um estudo sobre ética, moral e outros temas extremamente subjetivos com jovens no início da adolescência, é deveras complicado como o é para nós adultos, que, por força da convivência num país onde a corrupção está se tornando lugar comum, onde, literalmente, roubar o povo é praxe, matar as pessoas é habitual, enfim, a banalização de tudo que é errado tomou corpo e se faz presente em nosso cotidiano. Estamos trocando o certo pelo errado. Mesmo nós, adultos, com um mínimo de consciência sobre valores humanos, ao vermos essas aberrações no nosso dia-a-dia, ficamos confusos quanto ao crédito que devemos dar aos temas em foco. De que nos vale ser éticos em nossas relações com o outro se este está sempre pronto a tirar vantagens para si, passando por cima de tais valores? Como ser ético num país que adota o senso comum da “lei do Gérson”, que afirma que nesta vida “o que vale é tirar proveito de tudo”? Até que ponto a concepção do TER, sobrepõe-se à do SER? Qual linha de pensamento adotar na atual conjuntura – SER ou não SER: eis a questão ou TER ou não TER: eis a questão?
Tal projeto se justifica enquanto instrumento para a construção de conhecimento sobre o tema, por entendermos que a aplicação de aula expositiva não se enquadraria na busca dos objetivos que elaboramos. Além disso, temos uma preocupação imensa em não ficar restrito somente aos conhecimentos explicitados por um autor de um livro, de uma matéria de revista, de um texto da internet ou até mesmo da nossa concepção respaldada na educação que tivemos da família, mas sim, na comunhão desses vários enfoques e entendimentos, além das opiniões e compreensões das pessoas que fazem parte da família dos alunos, de pessoas comuns, de autoridades ligadas aos três poderes da esfera municipal, profissionais liberais tais como advogados, médicos, professores, juízes, promotores públicos etc. Aqui adaptamos o pensamento de Pedro Demo, quando afirma que a dinâmica da pesquisa enquanto método pedagógico deve ter a preocupação de levar o estudante à emancipação social e a dialogar criticamente com a realidade. Ainda segundo o autor (2002: 10), isto não acontece porque “predomina entre nós a atitude do imitador, que copia, reproduz e faz prova. Deveria impor-se a atitude de aprender pela elaboração própria, substituindo a curiosidade de escutar pela de produzir.”

III- Objetivos
3.1. Gerais:
* Associar atitudes, procedimentos, modos de agir e pensar de determinadas pessoas (e as próprias), em situações variadas, com a concepção que esses sujeitos-objetos da pesquisa têm sobre ética e/ou moral;
* Compreender a importância de se construir um comportamento ético na sociedade, independente de conjuntura e concepção da mesma;
* Perceber que concepções e posturas éticas variam de pessoas para pessoa, de família para família, de sociedade para sociedade;
* Analisar falas, idéias, pontos de vistas, atitudes e comportamentos dos outros indivíduos, confrontando-os com os seus, em busca de enriquecimento, melhoria e, em conseqüência, construção de conhecimentos sobre o tema e, por fim, mudanças de atitudes e comportamentos na sociedade de modo geral.

3.2. Específicos:
* Relacionar as vantagens humanas quando se tem comportamento e pensamento éticos sobre a vida e tudo que a envolve;
* Contrastar, através de pesquisa em jornais falados e escritos e de observações do cotidiano, comportamentos éticos e morais dignos dos indignos de um cidadão;
* Produzir relatório com base nas pesquisas engendradas, buscando publicá-lo em órgãos jornalísticos da região.

IV. Método, estratégias e procedimentos

Como já explicitado na justificativa, a nossa preocupação vai além do lugar comum de se aplicar o conteúdo escolar selecionado no planejamento de ensino na forma convencionalmente expositiva. O tema é extremamente polêmico e mesmo que não queiramos tomar ciência e consciência do mesmo, ele faz parte de nossa vida. É um fato social, sendo por isso, exterior ao indivíduo e existe, independentemente de sua vontade. Como se constitui num tema onde cada aluno enquanto ser humano e cidadão tem a sua concepção e construção alicerçadas na educação que se teve do 1º grupo social de que fazemos parte, “transmitir” conceitos livrescos, restringindo assim o entendimento do tema, seria improdutivo e arriscado, desde o momento em que tal fato poderia ser comparado com a essência do que foi posto pelos familiares aos adolescentes ao longo da convivência. Mesmo usando as pesquisas bibliográfica variada e de campo com vários sujeitos a entrevistar, corre-se o risco de, com as inferências do aluno, algum pai ou responsável entender, equivocadamente, que estamos colocando em xeque toda a educação dada por ele. Tomara que esta seja uma hipótese a refutar!
Uma metodologia diferenciada daquela que se tornou comum na educação brasileira faz-se necessária na medida em que buscamos levar os alunos a entender a filosofia como um estudo geral de todas as coisas que acontecem na vida de uma pessoa e não como um conjunto de doutrinas de uma escola ou época histórica bem distante de nós, com uma linguagem indecifrável para a maioria dos alunos e só usada nas academias por alguns poucos “iluminados” que, narcisisticamente, estudam, pesquisam, falam e escrevem só para si ou para o grupo. Isto é o que Lipman (1990: 174) chama de exercício de inutilidade.
Propomos a pesquisa bibliográfica variada e a de campo com entrevistados de variados campos profissionais, além da observação do cotidiano do homem do povo, visando construir um processo participativo, onde todos se façam sujeitos do/no processo. São essas algumas das várias etapas que compõem o estudo de caso enquanto uma das múltiplas formas que uma pesquisa qualitativa pode assumir.
A finalidade de toda essa “parafernália didático-pedagógica” é levar o estudante a conquistar a eficácia, indo assim, além da eficiência sobre o tema. Em outras palavras, diríamos, que ao invés de pensar o tema certo, preocupa-nos, que ele pense certo sobre o tema.

V. Cronograma de atividades

ATIVIDADES agosto setembro outubro
Apresentação do projeto aos alunos. Discussão do
mesmo buscando mostrar a sua importância, seus
objetivos e os “ganhos” procedentes da construção
de conhecimentos sobre o tema. Análise do projeto. 2 tempos de aula

Confecção de projetos de pesquisa pelos vários
grupos de estudo. Usar o meu como modelo. 4 tempos de aula

Construção de instrumentos para pesquisa de campo
e pesquisa bibliográfica 2 aulas

Pesquisa de campo Atividade extraclasse

Análise e interpretação de dados coletados 4 aulas

Fórum de pesquisa sobre os passos dados até então. 2 aulas

Continuação das atividades desenvolvidas pelos grupos
de trabalho. 2 aulas

Início de construção de relatórios de pesquisa. 2 aulas

Entrega de relatório e apresentação de Fórum
conclusivo de pesquisa. A fala de cada aluno
avaliando a atividade e se auto-avaliando em
relação à mesma. 2 aulas

Continuação da atividade anterior. 2 aulas Licença Creative Commons
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