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sábado, 2 de janeiro de 2021

 QUAL TEMPO?                                                                    02/01/2021

Francisco Carlos de Mattos

Nesses últimos dias, no período de troca de plumagem do tempo, venho pensando bastante sobre a questão do mesmo, da cronologia, e, principalmente, a cerca da essência do texto iluminadamente escrito por Roberto Pompeo de Toledo intitulado "O Tempo".

O autor nos contempla com a seguinte reflexão:

"Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante tudo vai ser diferente".

E a mitologia, que vem carregada da criação fantástica da mente humana, nos traz que

Chronos é o deus do tempo quantificado, que se pode medir. É o tempo corrente, rotineiro, ordenado pelo relógio, onde um minuto é igual ao outro, onde às horas sucedem-se os dias e a estes os meses e os anos. Representado como um velho tirano e cheio de crueldade, Chronos controlava o tempo desde o nascimento até a morte. Ele ditava aos mortais o que deveria ser realizado. Do nome desse deus se deriva a palavra cronômetro que designa o instrumento para se medir o tempo. Portanto, quando falamos de Chronos estamos fazendo menção ao tempo cronológico, do calendário.

No mito, Chronos emasculou o próprio pai com a intenção de se apoderar do mundo. Mais tarde, como Senhor do Tempo, ele devora seus próprios filhos para continuar soberano. Tal imagem nos sugere que o tempo cronológico passa sem que possamos detê-lo e que ele aniquila tudo o que produz. Nada dura para sempre no mundo, nada se pode conservar e a única permanência é a impermanência. Assim, tudo o que é conquistado no tempo Chronos não tem valor eterno.

Na contemporaneidade facilmente percebemos o quanto Chronos amedronta e impera, implacável. Muitos são escravizados por esse deus e acabam devorados. Vivem sob o julgo das datas, dos prazos, da idade que avança impiedosamente, experimentando ascensões e declínios. Tentam dominar Chronos, mas acabam dominados por ele. Mais "mecanizados" buscam cumprir ritmos e metas para além da condição humana e invariavelmente se infelicitam.¹

E o que fazemos com o tempo que nos reservaram? Quanto tempo temos ou teremos, ainda? Aproveitamos bem esse tempo? Ou deixamos para amanhã?

Chronos nos devora implacavelmente, quando nos amedrotamos diante dele.

Então, Miltom Nascimento, com sua poesia em forma de música nos diz que: "é preciso ser forte, é preciso ter raça, é preciso er gana...sempre!" ²


Referências

¹. RAMPIN, Alexandre. Chronos e Kairós, mitos sobre o tempo. http://www.ciclosararas.com.br/textos/ler.php?id=12 

². NASCIMENTO, MILTOM. Maria Maria.


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