Espero que fique bem claro, que não estou aqui fazendo piada (muito sem graça, por sinal!) da desgraça dos outros, mesmo que sejam norte-americanos. Posso, como faço agora, extrapolar a minha ojeriza pela ojeriza com que extrapolam e tratam o resto do mundo (afirmo com
profunda insegurança o lugar comum de que, nesse caso também, infelizmente, toda regra tem a sua exceção), o meu anti-americanismo, mas não posso negar o meu humanismo, a minha enraizada cultura ju
daico-cristã.
Seria muito interessante que esse incêndio na Califórnia, se transformasse no símbolo, no paradigma da incineração das atrocidades com que, ao longo da história, em nome da ganância em manter a hegemonia do poder econômico nas mãos e, dessa forma, manter a dominação política e, conseqüentemente, espargir - não, espargir não! É um vocábulo usado em situações espiritualizadas, abençoadas!-, melhor dizer borrifar, espalhar os seus domínios pelos quatro cantos do planeta.
Que esse incêndio, já chegando ao estágio de tragédia, que está causando um profundo baque nas estruturas de Hollywood, levando às cinzas mansões dos Frankensteins produzidos nos laboratórios cinematográficos, queime e destrua somente a vaidade, a petulância, a arrogância do povo.